A EDUCAÇÃO DO CAMPO E O PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS (PAR): algumas considerações
Antes de começar a nossa viagem pelos conhecimentos propostos para essa semana, responda a enquete abaixo
AVANÇOS E RETROCESSOS DOS PROGRAMAS
EDUCACIONAIS DO PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS (PAR) NAS ESCOLAS DO CAMPO DO
MUNICÍPIO DE ITAGIBÁ-BA
Grupo 5
Os indicadores do são definidos a partir do diagnóstico e planejamento
local em quatro dimensões: 1.
Gestão educacional; 2. Formação de professores, dos profissionais de serviço e
apoio escolar; 3. Práticas
pedagógicas e de avaliação; 4. Infraestrutura física e recursos pedagógicos.
A dissertação de
mestrado de João Nascimento de Souza, teve como objetivo: Analisar os avanços e
retrocessos dos programas educacionais do Plano de Ações Articuladas
(PAR) nas escolas do campo do município de Itagibá-BA, no período de 2011 a
2018. Os objetivos específicos foram: compreender o papel do Plano de Ações
Articuladas nas escolas do campo e discutir quais os avanços e retrocessos
causados pelo PAR nas escolas do campo no município de Itagibá.
Os caminhos percorridos para a coleta e análises dos dados foi utilizado
o método Materialismo Histórico Dialético com base nas categorias de
totalidade, práxis, contradição e mediação, tendo como teórico principal Karl
Marx. Os
instrumentos de pesquisa foram: além de fontes documentais, livros, revistas da
pesquisa bibliográfica, assim como entrevistas e questionários aplicados aos
coordenadores e professores das escolas do campo do município de Itagibá. Os
resultados da pesquisa apontam que os retrocessos apresentados é que há uma má
articulação entre os confederados quando se trata de fiscalização e aplicação
dos programas. Existe uma distância significativa entre os aplicadores das
políticas públicas e dos que dela necessitam, causando um descompasso na
educação do campo. Urge a necessidade de maior atenção aos bastidores das
políticas públicas para a garantia da equidade entre os sujeitos e entre os
federados. A cooperação existente ainda é um entrave que dificulta o
financiamento da educação básica.
Quanto aos avanços, a dissertação do João aponta que houve melhorias em alguns
aspectos, como exemplo: os laboratórios de informática, ônibus escolares comuns
e adaptados para o transporte dos alunos, aquisição de mobiliário adequado ao
tamanho dos alunos, aquisição de mobiliário para os professores, aparelhos de
ar condicionado, cobertura de quadra poliesportiva, kits de Língua Portuguesa e
Matemática e Computadores interativos.
É notório lembrar que a infraestrutura sozinha não é capaz de transformar
a vida dos sujeitos do campo, sendo, necessário uma articulação com as outras
dimensões: formação de professores, gestores e profissionais da educação com
intuito de melhorar a qualidade da educação ofertada à população campesina. Foi
constatado na pesquisa, tanto pelas falas dos sujeitos quanto pelas análises
documentais (relatórios), que houve retrocessos nas dimensões um e dois que são
a gestão educacional e a formação de professores, estas não foram executadas.
Também as ações da dimensão quatro que estão aprovadas, porém, ainda estão em
fase de execução: construção de creche, quadras poliesportivas, estas, por
problemas de gestão e empresas, enfim, questões burocráticas. O descompasso
entre ações que se complementam, influencia muito no processo de ensino
aprendizagem dos sujeitos das escolas do campo: professores sem formação
continuada, transporte escolar precário, infraestrutura deficitária, um
conjunto de coisas que de uma forma ou de outra criam expectativas e depois
causam a frustração.
Os resultados da dissertação de João Souza, remete aos leitores a
necessidade de se estar atento as políticas públicas de educação para a
garantia da equidade entre os confederados, pois a cooperação ainda se mostra
como um obstáculo para a garantia do direito fundamental para todos que é a
educação de qualidade, gratuita e pública com formação de professores e gestão
adequada das práxis pedagógicas. E o financiamento da educação é fator
primordial para que essas necessidades sejam sanadas.
REFERÊNCIAS
SOUZA. João Nascimento. Avanços e retrocessos dos programas educacionais do plano de ações
articuladas (par) nas escolas do campo do município de Itagibá-BA. 2020. 156, p. Dissertação de mestrado.
(Mestrado em Educação) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB. 2020.
Parabéns colegas! Rico material publicado. Viva os movimentos sociais que tanto lutou, luta e tem como bandeira de luta uma escola do Campo em movimento que nos faz entender que sem estudo, conhecimento não vamos a lugar algum.
ResponderExcluirComo bem disse Dom Pedro Casaldáliga: "Somos e valemos o que seja a nossa causa".
Discente: Edjaldo Vieira dos Santos.
A partir das publicações realizadas percebemos uma intensa dedicação das equipes de trabalho. Vocês estão de parabéns por tamanha criatividade. A Educação do Campo precisa de pessoas assim, que além de compreendê-la em sua essência, enfrenta desafios para implementá-la. Esse material precisa ser muito divulgado. Estou muito feliz com as produções do nosso Blog!
ResponderExcluirObrigada, professoras. Nós também ficamos muito felizes com o resultado do nosso trabalho. E esperamos sim que seja bastante compartilhado para que nossa luta agregue cada dia mais e mais pessoas!! 🌵🌻
ExcluirConteúdo + Criatividade = Educação do Campo (RE) existindo! Parabéns ao grupo!
ResponderExcluir💪🌵🌻 ... Isso mesmo, Pró!!! Obrigada.. Nós do grupo 5 agradecemos!!!!
ExcluirParabéns a equipe , quantas aprendizagens, sem luta não temos conquistas de política pública para o povo campesino , tudo conquistado até agora foi fruto dos movimentos na pressão popular. Como diz Boaventura de Sousa Santos"A diferença fundamental entre conhecimento nascido nas lutas e o conhecimento elaborado a respeito delas é que o primeiro é um conher- com, enquanto o segundo é um conhecer-sobre" assim estamos nos sentidos privilegiado em conhecer toda essas lutas e conquistas por quem nasceu das lutas. E continuemos com nossos aprendizado.
ResponderExcluirParabéns equipe!
ResponderExcluirCada dia aprendendo mais e mais com todos.
As conquistas adquiridas ao longo do tempo foram frutos de batalhas, de lutas.
Por isso, não ao retrocesso.
Parabéns a toda a equipe ! Trabalho muito rico em criatividades em canteudo . E sim , é necessário luta para que possamos implementar os programas de ações articuladas na vida do sujeito campesino. É necessário cobrarmos ,a partir de lutas e resistência , o estado para que essas ações aconteçam de forma assistêncialista ao sujeito do campo .
ResponderExcluirParabéns a toda equipe pela realização do trabalho, creio que a palavra de ordem na tradução das leituras foi a criatividade! Muito rica a forma como vocês apresentaram os resultados das leituras, vocês nos conectaram de maneira muito singular através dos recursos utilizados, vídeo, podcast, nossa participação com fotos abordando o tema central e o encaminhamento aos sites do grupo de estudos e do governo. Muito obrigado por essa partilha criativa!
ResponderExcluirParabéns ao grupo, quantos detalhes ricos, encantada com cada um deles. Gostei bastante de cada material apresentado, pude me inteirar aprender ainda mais. Escolhi comentar um pouco acerca da entrevista no podcast, a fala da professora Ma. Edna Moreira trouxe importantes reflexões, como o campo precisa visto para além do MEC. De como é imprescindível a escuta dos sujeitos do campo e que só conseguiremos distanciar da Educação Rural quando efetivarmos/fazermos EDUCAÇÃO DO CAMPO.
ResponderExcluirPARABÉNS equipe pelo envolvimento, e belíssimo trabalho exposto.
ResponderExcluirPodemos perceber uma grande diferença das escolas que que serviram de exemplo para a pesquisadora Jamile: de um lado, escolas sem infraestrutura e condaoições de trabalho algum. E do outro lado , profissionais que não tem formação na área de Educação DO/ NO Campo. Daí a importância de políticas públicas eficazes para fazer a diferença e a Educação de fato acontecer pois, queremos uma educação do Campo de qualidade e que todos/as tenham acesso.
ResponderExcluirMeninas, que coisa linda, maravilhosa. Não fico surpresa porque conheço o potencial de muitas de vcs, Sucesso viu. Me emocionei...
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho!!!
ResponderExcluirParabéns a toda equipe! Trabalho de excelência, muito bom!
ExcluirExcelente conteúdo postado pelas colegas do grupo, além de possibilitar o aprofundamento dos estudos, também nos possibilitou conhecer diferentes recursos tecnológicos. Parabéns!
ResponderExcluirParabéns a equipe pelo trabalho de excelência !
ExcluirUniram conhecimento e criatividade o resultado não poderia ser diferente: muita interação e novos aprendizados.
O grupo nos apresentou de forma muito didática informações muito relevante sobre o PAR e sobre as leituras discutidas em sala de aula. A pesquisa do João Souza, nos apresenta dados relevante sobre o programa e como ele está em sua realidade no municipio de Itajuba, o olhar para esta politica atrelada a educação do campo é fundamental para nosso processo formativo.
ResponderExcluirParabéns grupo 5 pelo rico trabalho muito criativo a educação do campo é constituída de muitos saberes e é com esses saberes que devemos ocupar o espaço por que Educação do Campo é DIREITO NOSSO DEVER DO ESTADO.
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