POLÍTCAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS EM PAUTA!
Caros professores, colegas da disciplina de
“Educação do Campo e Popular como Política Pública” e amantes da Educação do
Campo, no intuito de contribuir com as importantes discussões que estão sendo
apresentadas neste blog, hoje traremos algumas reflexões sobre as seguintes
dissertações de mestrado: Os Impactos
das Políticas do Plano de Ações Articuladas no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica em Municípios da Bahia de Ivanei de Carvalho dos Santos e A distorção idade-série nas escolas do
campo: um estudo sobre os anos iniciais do Ensino Fundamental no município de
Nazaré de Valéria Prazeres dos Santos.
Provavelmente,
você já ouviu falar “A escola virou mercadoria”, isso mesmo! Nesses últimos
anos temos nos aproximado cada vez mais de afirmações como essa, uma vez que, vivemos
uma realidade em que a lógica neoliberal, extremamente capitalista e excludente
tem “invadido” nossas escolas com seus métodos mercadológicos e
classificatórios.
Mas afinal, o que é isso? Podemos citar dentro
desse contexto mercadológico várias situações, mas partiremos das pesquisas (já
mencionadas acima) de Santos (2019) e Santos (2018) que nos leva a refletir sobre as políticas públicas
educacionais que chegam nas escolas de forma verticalizada (de cima para baixo)
desconsiderando, por exemplo, as escolas do campo, que são alvos da pesquisa
das autoras citadas acima. Para entender uma pouco mais sobre essas
investigações, vejam os mapas mentais a seguir.
Elaborado
pelas mestrandas Flávia Lorena e Eliane Ribeiro
Mapa mental 2, baseado na pesquisa de Santos (2018)
Gostou? Esperamos que sim! E para finalizar
gostaríamos que vocês nos contassem um pouco sobre o que as discussões do Blog
têm significado para cada um(a). Acesse nosso mural e sinta-se mais que a
vontade, esse espaço é nosso!
Até aqui, trilhamos caminhos juntos(as), pois
acreditamos numa construção que seja participativa e coletiva. Desde já,
agradecemos pelas partilhas e
participação.
Organização do conteúdo: Flávia Lorena, Eliane
Ribeiro e Geysa Matias.
Link dos textos utilizados:
http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/201720032D.pdf
http://www2.uesb.br/ppg/ppged/wp-content/uploads/2018/08/IVANEI-DE-CARVALHO-DOS-SANTOS....pdf
Parabéns! Os mapas mentais e o jogo que permite interações estão muito bons e interessantes! Excelente trabalho! 📚👏👏
ResponderExcluirParabéns ao grupo pela criatividade!👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito bom trabalho do grupo ☺️ estão de parabéns 👏 foi possível compreender Nesses últimos anos temos nos aproximado cada vez mais de afirmações como essa, uma vez que, vivemos uma realidade em que a lógica neoliberal, extremamente capitalista e excludente tem “invadido” nossas escolas com seus métodos mercadológicos e classificatórios fora da realidade e especificidade do campo.
ResponderExcluirTrabalho muito criativo e que realmente nos apresenta uma síntese das pesquisas realizadas pelas autoras. O campo tem sido negligenciado nas políticas públicas e isso se reflete na distorção idade-série. Precisamos de gestões municipais e estaduais que valorizem o espaço campesino por meio de políticas educacionais condizentes com a realidade dos alunos. Assim, teremos uma educação de qualidade. Viva a Educação do Campo!!!
ResponderExcluirSomos resistência!
ExcluirMuito bom! O mapa mental traz toda os discursões a cerca das políticas públicas de estado, que é governado pela classe dominante essa mesma utiliza desse estado para garantir seus privilégios. Assim, a educação se torna um espaço de correlação de forcas, entre a classe trabalhadora e o estado neoliberal, desta forma o mercado atua livremente em prol do seu fortalecimento e intervém nas gestões dos governos para a construção das políticas públicas.
ResponderExcluirAs meninas estão de parabéns pela publicação. A cada postagem fica evidente a força, a resistência e a importância da Educação do/no Campo. É interessante observar que há conhecimentos científicos e políticos acerca da educação, mas sem luta esses conhecimentos se limitam a um conjunto de dados, que negligenciam a realidade educacional. Se o que aprendemos nessa disciplina não se tornarem ações, de nada valerá esse estudo, por isso, vamos a luta!
ResponderExcluirA equipe está de parabéns, pela forma leve e objetiva como apresentaram as Teses de mestrados, incentivando a todos a uma participação também leve, também objetiva. Excelente apreensão e exposição! Mais uma vez parabéns!
ResponderExcluirImportante reflexão proporcionada pelo grupo. Parabéns!! Realmente precisamos nos atentar para várias questões que envolvem as ações vindas "de cima". E de fato, os resultados não mostram todas as necessidades e especificidades das escolas do campo.
ResponderExcluirQue os dados das pesquisas nos possibilitem (re)ver nossas realidades e nelas intervir
ResponderExcluirSenti bem isso.
ExcluirNo ponto de vista histórico e dialético, analisar política de educação rural envolve a
ResponderExcluirproblematização de um quadro histórico de negações e complexidades relativas à relação entre
materialidade do campo, a reprodução do capital, a mediação do Estado, a disputa pela
hegemonia e o processo de subalternização dos trabalhadores rurais. Diante disso, o presente
texto trata sobre reflexões sobre um passado recente acerca de políticas de educação do campo,
nomeadamente a educação superior em Educação do Campo, elaboradas na primeira década
dos anos 2000, coordenada como política do Ministério da Educação (MEC) e suas relações e
mediações entre Estado e políticas públicas no contexto da materialidade do capital no campo.
As discussões trazidas pelos dois textos se situam em como o capital está cada vez mais presentes no meio escolar e essa presença é logicamente intencional. Os mapas construídos pela equipe aqui trazem mesmo o que os textos nos falam. Parabéns aos colegas em nos informar e chamar a leitura de forma muito evidente. Os textos são leituras que nos chamam a refletir sobre nossas atuações em sala de aula na atualidade. Por diversos momento eu me vi envolvidas em projetos e politicas vindas de cima como é o caso dos programas “o novo mais educação” “o mais alfabetização”, e nem sequer tive tempo de refletir sobre essas políticas. E isso é justamente o que as políticas capitalistas objetivam e da forma como nos são postas atingem seus objetivos: que nós professores não tenhamos tempo/possibilidades de refletir sobre essas políticas, porque a formação que almejam é constituir sujeitos para o mercado e não para a transformação e emancipação. É por isso que as autoras nos chamam a “não dissociemos a questão de classe da questão da qualidade da educação” por que “a verdade (o conhecimento), nós sabemos, não é desinteressada” (Saviani, 2012, p.87, apud Santos, 2019). A mim são estudos que contribuem para formação continuada.
ResponderExcluirPor Edjaldo Vieira dos Santos / PPGE/UESC
ResponderExcluirParabéns aos colegas do grupo por organizarem essa rica atividade interativa.
O momento é grave. Resistir é urgente, um verbo a ser conjugado no plural nos dias atuais.
O Brasil vive atualmente duas crises gigantescas: a pandemia do coronavírus e a política de um governante incapaz, irresponsável e insensível. Um governo de extrema direita, que mantém uma política econômica ultraliberal, que onera os trabalhadores, achata salários, retira recursos da educação e da saúde, ataca os direitos das minorias. Precisamos continuar na luta por uma Educação do Campo com Qualidade Social, Equitativa, Inclusiva, com PPP e Proposta Curricular com a identidade da mulher, homem, crianças, jovens e adultos campesinos, com as escolas plenas em sua estrutura física. Continuemos militantes!
Por Edjaldo Vieira dos Santos.
ResponderExcluirA síntese da semana versa sobre as dissertações de Mestrado de VALÉRIA PRAZERES DOS SANTOS, cuja temática é A DISTORÇÃO IDADE-SÉRIE NAS ESCOLAS DO CAMPO: UM ESTUDO SOBRE OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NO MUNICÍPIO DE NAZARÉ/BA (2019) e IVANEI DE CARVALHO DOS SANTOS que pesquisou sobre Os Impactos das Políticas do Plano de Ações Articuladas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em Municípios da Bahia (UESB/2018).
Na pesquisa de dissertação Os Impactos das Políticas do Plano de Ações Articuladas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em Municípios da Bahia a pesquisadora explicita o interesse pelo tema: decorrentes das inquietações enquanto professora da educação básica fato que levou ao estudo, como forma de compreender como as políticas se materializam na esfera local, ou seja, como os municípios implantam, implementam e executam as políticas de atitude nacional e quais os fatores internos e externos que intervêm na concretização da política concebida pelo Ministério da Educação – MEC.
O estudo pretende analisar as políticas do Plano de Ações Articuladas – PAR, e seus impactos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB nas Escolas do Campo dos municípios de Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista referente aos anos de 2010-2016.
Para análise das informações utilizou-se como referência o Método Histórico Dialético, o qual tem como maior expoente Marx, o que permitiu uma análise crítica da realidade com base nas categorias de totalidade, contradição, mediação e práxis. Utilizou-se também a abordagem qualitativa por permitir a aproximação direta com os participantes da pesquisa, cujo os instrumentos para a análise das informações foram revisão bibliográfica, entrevista semiestruturada e questionários. Os sujeitos da pesquisa foram os três municípios (Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista) onde objetivou alcançar um número significativo de participantes, com a intenção de obter dados que evidenciem a realidade vivenciada na Educação do Campo. Por isso, a pesquisadora almejou um total de cinquenta e três sujeitos investigados, sendo nove (9) para entrevistas e quarenta e quatro (44) para aplicação de questionários.
Por Edjaldo Vieira dos Santos
ResponderExcluirA pesquisa foi desenvolvida em cinco capítulos com abordagens relevantes em todo o escopo da dissertação: 1. no primeiro capítulo, trata dos caminhos percorridos para a coleta e análise das informações; o segundo capítulo traz a discussão sobre a concepção de Estado com base em estudiosos sobre o tema, destacando Marx e Engels; a formação dos Estados brasileiros e o sistema do federalismo a partir da Constituição 1988; o neoliberalismo, o processo de descentralização das políticas públicas e as abordagens sobre a privatização da educação, reportando a presença dos grupos empresariais no cenário educacional do Brasil; o terceiro capítulo discute as políticas do PAR, analisando-as dentro do ciclo de política pautada em Secchi, desde a identificação do problema à sua implantação, ainda discute o PAR no contexto histórico da política, suas dimensões e características, o contexto histórico das avaliações externas, traz a discussão o IDEB e o estreitamento curricular visto que as avaliações para medir o IDEB, priorizam as disciplinas de Português e Matemática, deixando de fora disciplinas importante para a formação humana e no final do capítulo (3) é feito um recorte temporal sobre a Educação do Campo, reportando as lutas da população campesina para alcançar o direito a educação para o campo, o quarto capítulo, a pesquisadora realizou um ensaio do “Estado da Arte”, tendo como fonte as teses e dissertações do banco da Capes - Plataforma Sucupira no período 2010 a 2016 onde a busca ocorreu sobre as políticas do PAR, IDEB e Educação do Campo, onde o objetivo do capítulo foi realizar uma pesquisa aprofundada sobre o que já se pesquisou no meio cientifico sobre o tema, possibilitando, assim, a construção da revisão de literatura para a dissertação e por fim, o quinto capítulo procede com a análise das informações da pesquisa, em que se buscou as respostas para os questionamentos levantados, tendo por base o método Materialismo Histórico Dialético e para a análise das informações fez uso das entrevistas, os questionários e as observações no campo da pesquisa.
Por Edjaldo Vieira dos Santos.
ResponderExcluirA autora organizou as informações do referido estudo em seis blocos temáticos, assim denominados: 1) Caracterização dos municípios; 2) Educação do Campo na perspectiva dos professores e gestores escolares de Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista; 3) Formação do professor do Campo; 4) Relatos sobre a Educação do campo; 5) Políticas Públicas para a Educação do Campo; 6) O Impacto das Políticas do PAR, no IDEB das Escolas do Campo nos municípios de Ilhéus, Itabuna e Vitória da Conquista.
Assim, o estudo revelou que em relação ao item caracterização dos municípios as informações apontaram que as características dos três municípios são análogas (semelhantes, parecidos) entre si quanto a economia e educação; quanto a Educação do Campo na perspectiva dos professores e gestores observou-se que está longe de atingir os objetivos proposto para o atendimento da população campesina nas suas especificidades; a formação de professor apontou para um avanço significativo, embora essa em boa parte se dar em instituições privadas devido a fatores que impossibilita a entrada e permanência ao ensino superior; os relatos dos professores sobre a Educação do Campo, serviu para mostrar a realidade dos alunos nestas instituições; quanto as políticas do PAR para a educação do campo as informações revelaram que essas acontecem em detrimento das escolas urbanas; O impacto das políticas do PAR no IDEB dos municípios analisados apontaram para uma elevação, porém essa poderia ser maior se atingisse os objetivos propostos já que encontram dificuldades quanto a sua implementação e execução.
A pesquisadora em seus estudos concluiu que as políticas do PAR necessitam passar por um processo de avaliação tanto a nível local quanto nacional, principalmente em relação as Escolas campesinas que encontram várias dificuldades para o seu cumprimento.
Síntese da semana: 11/10 a 18/10/2021
Ao realizar a leitura do mapa mental ficou fácil a compreensão.
ResponderExcluirA cada leitura uma descoberta, um desejo de conhecer mais e mais.
E os textos para leitura da aula de hoje também, mais uma vez, levou nos a refletir sobre a nossa realidade, o que encontramos e o que fazemos no nosso cotidiano diante das realidades enfrentadas.
Parabéns!!!
E a forma como vocês abordaram ficou maravilhosa.
Parabéns para toda a equipe!!!
Parabéns ao grupo! Conseguiu trazer de forma criativa e sucinta o conteúdo estudado na semana.
ResponderExcluirVale ressaltar que as duas dissertações são excelentes, pois trazem um arcabouço teórico riquíssimo e nos ajuda a compreender o quanto a Educação do Campo necessita de investimentos para que seja ofertada com qualidade, respeitando as especificidades do povo campesino.
O grupo realizou uma postagem muito bem elabora, clara, sucinta, que permitiu os leitores aproximar-se dos textos: Os Impactos das Políticas do Plano de Ações Articuladas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica em Municípios da Bahia de Ivanei de Carvalho dos Santos e A distorção idade-série nas escolas do campo: um estudo sobre os anos iniciais do Ensino Fundamental no município de Nazaré de Valéria Prazeres dos Santos, permitindo uma reflexão através das interações com os mapas mentais, quis, mural, síntese e comentários a cerca do assunto, nos enriquecido com o conteúdo prático, entendo que a política pública direciona a educação do Campo destina-se à ampliação e qualificação da oferta de educação básica, contemplando o viés cultural, curricular, político e práticas pedagógicas que valorize e respeite ás especificidades da configuração social, que deve ser imprescindível para a construção de uma educação mais comprometida com as causas sociais.
ResponderExcluirAo adentrar o objeto de sua investigação, a pesquisadora Valéria Prazeres apresentou um vasto material com quadros, tabelas e gráficos que demonstram a situação da DIS nos mais diversos rincões do país ao longo do tempo e no seu recorte temporal de pesquisa, amparando as discussões e resultados obtidos nos marcos legais e buscando respaldo para suas afirmações em autores que já discutiram o tema em questão, bem como apresenta programas educacionais (PNAIC, Novo Mais Educação e Mais Alfabetização) que trazem, no seu escopo, o combate a esta realidade apresentada nas escolas públicas, especialmente nas situadas no campo, seu lócus de trabalho. Por fim, apresentou os resultados da sua pesquisa no município de Nazaré, contextualizando as falas obtidas na fase de pesquisa com os sujeitos dentro dos instrumentos utilizados por ela para coleta dos dados;
ResponderExcluirEssa pesquisa de Valéria Prazeres dialogará com o minha na medida em que seu lócus de investigação são as turmas multisseriadas do município. O meu objeto são classes com essa organização de ensino no intuito de investigar se estas são, de fato, as culpadas pelos fracasso dos baixos índices do IDEB apresentados no município de Vitória da Conquista ou se falta formação inicial e continuada para preparar os docentes para atar nesse ambiente de profundas diversidades. Excelente as discussões da semana e a forma como vocês apresentaram aqui no Blog. Parabéns!
Shirley Lauria
Uma das leituras da semana traz uma análise da Distorção Idade e Série- DIS das escolas do campo do município de Nazaré-BA, tendo como objetivo analisar as políticas públicas educacionais implementadas na referida cidade. A pesquisa foi realizada com os professores, diretores/as, coordenadores e coordenadoras que atuam na educação do campo, com a coordenadora de programas educacionais e com a secretária de educação do município.
ResponderExcluirOs resultados da pesquisa em questão evidenciam que a situação da DIS nas escolas do campo em Nazaré incide da questão de que os programas não cuidam das causas do problema, ou seja, estão preocupados com os índices de aprovação. O objetivo é apenas uma questão econômica, o que acentua a desigualdade, sendo uma das formas de exclusão social mais cruel, visto que os/as estudantes estão na escola e não conseguem aprender e as preocupações estão direcionadas, reitero, para o índice de aprovação e não para o aprendizado dos/as estudantes.
As discussões apresentadas são de extrema importância para compreensão do contexto das atuais políticas educacionais brasileiras, como é o caso do Plano de Ações Articuladas apresentado por Ivanei de Carvalho dos Santos, uma vez que contribui para o entendimento da materialização dessas políticas e para o fortalecimento da Educação como direito de todos e dever do Estado. A dissertação de Valéria Prazeres dos Santos nos apresenta essa materialização por meio da compreensão da Distorção Idade-Série, seus impactos, resultados e causas no município de Nazaré na Bahia, em que contribui para entendermos as desigualdades impostas pela sociedade de classes, impulsionadas pelo projeto societário hegemônico e o sistema capitalista de produção.
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