Pedagogia Crítica e a Luta de Classes na Era do Terror Neoliberal
Peter McLaren

VIDEO 1 - Biografia de Samuel Hilicias Carvajaz  Ruiz


“A desvalorização do mundo humano aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas.” (Karl Marx). 



A nuvem de palavras exposta é uma reflexão do artigo de Peter McLaren de título Pedagogia Crítica e Luta de Classes na Era do Terror Neoliberal. O objetivo é evidenciar as palavras centrais do texto e estimular um pensamento crítico.


A pedagogia de Paulo Freire segundo Peter McLaren


        Paulo Freire, educador pernambucano, é declarado patrono da educação brasileira pela lei nº 12.612 de 13 de abril de 2012, sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Nas palavras de Moacir Gadotti, é preciso rigor para falar de Paulo Freire, “ele tem um lugar no mundo garantido pelo reconhecimento do seu trabalho, com contribuições na educação, nas artes, nas ciências e até na engenharia. É preciso reivindicar o lugar de Paulo Freire, “sobretudo por parte dos educadores populares que assumem, para além de suas ideias, as concepções de mundo que estão por trás delas”.

       Segundo McLaren, ao dispor das ideias freirianas, apresenta a proposta da pedagogia crítica revolucionária como sendo um programa educacional para a criação de uma massa mobilizada de pessoas criticamente educadas em escolas e salas de aula de universidades, em reuniões sindicais, em grupos de igrejas e trabalhadores de fábricas e em qualquer formulação onde as pessoas possam se reunir para explorar seus interesses sociais particulares, condições e potencial humano, onde a clareza pode ser desenvolvida e ações que levem a uma maior clareza podem ser tomadas para confrontar criticamente nossa realidade capitalista existente.

          Em seu texto Pedagogía Crítica y Lucha de Clases en la Era del Terror Neoliberal, ao concordar com Freire, McLaren diz que a pedagogia dialógica pode alcançar o tipo de consciência de classe necessária para uma poderosa transformação social. A pedagogia crítica é mais do que explosões guturais de impropriedade do corpo docente, é mais do que uma enumeração irônica dos problemas enfrentados pelos jovens hoje, é mais do que jogar piadas contra as políticas governamentais. É uma marcha sustentada em direção à prática e à consciência revolucionárias.

         Paulo Freire sustentaria que o diálogo necessariamente traz sucessivamente epistemologias para a realidade, em determinadas posições sociais. Não surpreende que as condições históricas que nos levaram à dominação ocidental estejam ligadas às relações sociais. Alguns, no entanto, argumentam que a obra de Freire se concentra no que deve ser a educação e no que deve ser depois da revolução, pois ele está forjando a revolução por meio de uma pedagogia da práxis.

Para Peter, enquanto os educadores críticos lutaram para formular seu trabalho com clareza e defenderam seus argumentos com formidáveis armas de raciocínio dialético, há um novo chamado de alguns marxistas e ecopedagogos para expandir a luta de agitação anticapitalista. Isso é bem-vindo, é claro, mas a educação como um processo revolucionário provavelmente não será, com exceção talvez do trabalho de Paulo Freire, cujo corpus de textos bem-sucedido exerce uma pressão subterrânea contínua sobre a ampla tradição crítica e demonstra brilhantemente o seu melhor recursos.

 

“Paulo Freire nos exorta a sermos atores da história e não vítimas. Então vamos continuar a luta!”

VÍDEO: Paulo Freire - Pedagogia Crítica 



Texto: Paulo Freire – o poder das ideias por Peter McLaren



Furando a bolha: a nova composição da câmara dos deputados

 

        O perfil de deputados na Câmara Federal continua majoritariamente formado por homens brancos e ricos. Levantamento do jornal O Globo indica que 82% da formação da Casa, para a próxima legislatura, será composta de homens com um patrimônio médio de R$ 3 milhões[1]. Os mandatos ainda não refletem a composição da sociedade brasileira, demonstrando a continuidade das barreiras sociais na ocupação dos lugares de poder.

      No entanto, o campo progressista conquistou importantes vitórias na Câmara de Deputados. Pela primeira vez teremos no Congresso deputadas trans, fato que ocorre em meio ao forte crescimento do bolsonarismo conservador, insensível às causas da comunidade LGBTQ[2]. O número de mulheres deputadas cresceu 18%[3], dobrando o número de mulheres negras. Servidoras públicas, ribeirinhas, indígenas, feministas, estarão no Congresso Nacional se contrapondo ao avanço conservador e em defesa dos direitos sociais.

        Conheça no vídeo os principais nomes do campo progressista que comporão a nova legislatura. A produção foi realizada com base em imagens retiradas do perfil @midianinja, no Instagram.

 


Créditos da música: Maria Maria - Fernando Brant / Milton Nascimento.

 

Postagem realizada por: Érika Vasconcelos Ferreira Oliveira; Fabíola Soares Arcega; Izani Daniela Reis Gomes Rodrigues; Jádson Fábio de Araújo Marques; Tamyres de Souza Rodrigues.

Os autores são estudantes da disciplina Pensamento Educacional Crítico Latinoamericano, ministrada pelas (os) docentes Dra. Arlete Ramos dos Santos, Dr. Cláudio Pinto Nunes e Dra. Tatyanne Gomes Marques, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.


Comentários

  1. Parabéns, colegas, pelas postagens! Gostei muito do vídeo sobre a biografia do prof. Samuel, achei que ficou muito bom!

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  2. Parabéns ao grupo... excelente trabalho, colegas.
    Mészáros (2008, p. 45) afirma que uma das funções principais da educação formal nas nossas sociedades é produzir tanta conformidade ou "consenso" quanto for capaz, a partir de dentro e por meio dos seus próprios limites institucionalizados e legalmente sancionados. Esperar da sociedade mercantilizada uma sanção ativa - ou mesmo mera tolerância - de um mandato que estimule as instituições de educação formal a abraçar plenamente a grande tarefa histórica do nosso tempo, ou seja, a tarefa de romper com a lógica do capital no interesse da sobrevivência humana, seria um milagre monumental. É por isso que, também no âmbito educacional, as soluções "não podem ser formais; elas devem ser essenciais". Em outras palavras, eles devem abarcar a totalidade das práticas educacionais da sociedade estabelecida.

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